Nasceu uma aguiazinha com os pintos e, com eles, crescia normalmente.
Durante todo o tempo, a águia fazia o mesmo que faziam os pintinhos, convencida de que era igual a eles.
Ciscava, ia ao chão buscando insetos e pipilava como fazem os pintos; e, como eles, também batia as asas conseguindo voar um metro ou dois porque, afinal de contas, é só isso que um frango pode voar. Passaram os anos e a águia ficou velha.
Certo dia, ela viu, riscando o espaço, num céu azul, uma ave majestosa, planando, no infinito, graciosa, levada docemente, pelo vento sem nem sequer bater a asa dourada.
A águia do chão olhou-a com respeito e, logo, perguntou ao seu amigo:
- Que tipo de ave é aquela que lá vai?
- É uma águia! É rainha, diz-lhe o amigo, mas é bom não olhar muito para ela, pois nós somos de raça diferente, simples frangos do chão e nada mais.
Daí por diante, então, a pobre da águia nunca mais pensou nisso, até morrer convencida de que era uma simples galinha.
Queridos alunos,
Este texto foi retirado do livro - A vida por linhas certas - de Legrand
BEM-VINDOS A ESSE ESPAÇO TODINHO SEU!
BEIJOS DA PROFESSORA: HELOIZA PAIVA S. MARQUES