Regência nominal
Entenda a relação entre um nome e seu complemento
Jorge Viana de Moraes*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Em gramática tradicional, regência é a relação sintática que se estabelece entre um termo regente ou subordinante (que exige outro) e o termo regido ou subordinado (regido pelo primeiro termo).
Nesse sentido, quando o termo regente é um verbo, a regência é verbal; quando é um nome, a regência é nominal.
Regência e uso
O conhecimento da regência correta (isto é, da regência que segue a gramática normativa, aquela gramática que prescreve o que se deve e o que não se deve usar na língua) de cada verbo e de cada nome é função, atividade natural, do uso. Ou seja, cada falante conhece a regência dos verbos e dos nomes que fazem parte do seu repertório usual.
Ocorre que o falante pode desconhecer certas regências, que estão de acordo com a norma-padrão, pelo fato de elas não fazerem parte de sua performance linguística. Isso acarretará em certos usos condenados pela prescrição das gramáticas normativas.
Regência nominal
A regência nominal estuda os casos em que nomes (substantivos, adjetivos e advérbios) exigem uma outra palavra para completar-lhes o sentido. Em geral, a relação entre um nome e o seu complemento é estabelecida por uma preposição.
Alguns nomes e as preposições que mais comumente eles exigem:
adepto a indiferente a
alheio a inofensivo a, para
ansioso para, por, de junto a, de, com
apto a, para próximo a, de
aversão a, por referente a
feliz de, por, em, com simpatia a, por
favorável a tendência a, para
imune a, de paralelo a
contente com, por, de relativo a
Mais alguns nomes e as preposições que comumente eles exigem:
acessível, adequado, desfavorável, equivalente, insensível, obediente: a
capaz, incapaz, digno, indigno, passível, contemporâneo: de
amoroso, compatível, cruel, cuidadoso, descontente: com
entendido, indeciso, lento, morador, hábil: em
inútil, incapaz, bom: para
responsável: por